Guia oficial para aplicar o processo e evitar riscos
Em transações grandes e de importância significativa, como fusão ou compra de empresas, precisa-se de uma série de cuidados antes de firmar de fato uma negociação, e uma dessas cautelas é o processo de due diligence.
Mark Zuckerberg, por exemplo, tomou conta das redes sociais, literalmente. Como CEO do Facebook, adquiriu o Instagram em 2012 por 1 bilhão de dólares.
Já em 2014 comprou, por 22 bilhões de dólares, o maior e mais conhecido aplicativo de mensagens, o WhatsApp.
E com certeza o Facebook não deixou os cuidados para trás ao realizar essas negociações bilionárias.
De forma geral, trata-se de ir além da aparência. É relevante para que as companhias envolvidas saibam o terreno em que estão pisando antes de envolverem seus nomes e também investimentos.
Então, se você tem como objetivo uma futura negociação, é imprescindível também realizar a due diligence para formar fusões ou aquisições de outros negócios com baixo risco.
Pensando nisso, este conteúdo foi preparado para você entender como aplicar o processo e, assim, se planejar em situações tão importantes como essas.
O que é due diligence?
Due diligence, ou em português, diligência prévia é o nome do processo realiza uma investigação completa de uma oportunidade de negócio, seja uma fusão de uma companhia com outra ou até mesmo quando uma empresa compra outra.
Melhor dizendo, é identificar os pontos fortes e possíveis fraquezas de um CNPJ para fortalecer a tomada de decisão. Na linguagem popular, é basicamente passar um pente fino na corporação de interesse.
Essa auditoria detalhada verifica os possíveis riscos que tal acordo pode revelar à instituição compradora, aos investidores, acionistas, parceiros de negócios e até mesmo aos próprios clientes.
De certa forma, o due diligence pretende avaliar as empresas-alvo para compreender a saúde fiscal das companhias e, assim, na hora de assinar de fato um contrato de compra ou fusão, ter mais segurança da transação.
Para que serve o due diligence?
Esse processo minucioso de investigação tem como objetivo analisar diferentes aspectos de um negócio antes de tomar qualquer ação que possa trazer perda aos investimentos, ou ainda, à companhia.
Até porque, em transações tão importantes como essas, muito pode se falar com o intuito de aumentar o valor de certa organização.
Então, a diligência prévia vem para constatar, ou não, o que foi falado e negociado até o momento. Ou seja, se os fatos são condizentes com a realidade.
Assim, podemos dizer que esse processo tem como propósito prever situações, antes de contratos serem assinados, que podem ser decisivas para a imagem de determinada empresa.
A escolha a ser tomada é baseada em dados e informações reais que foram certificadas através de documentos.
E isso é fundamental! Aliás, já pensou em firmar uma aliança que foge dos princípios morais que você acredita ou, ainda pior, que pode trazer mais prejuízos do que benefícios? É uma fria daquelas!
São tantos anos para se conquistar nome, reconhecimento, uma base sólida de clientes, que deixar tudo ir por água abaixo, por não ter analisado cautelosamente a situação, é algo inadmissível, né?
Quais as vantagens de fazer due diligence?
Além da tranquilidade na negociação, o processo:
- Amplia a confiança entre as partes
As empresas se dispõem a fornecer informações e comprovar tudo o que foi negociado, e isso ajuda a estabelecer uma relação mais confiável entre elas.
- Cria um panorama dos riscos e benefícios da negociação
Se tiverem pontos alarmantes e que precisam de cautela, eles ficam claros. Mas os benefícios da negociação também não passam despercebidos. Assim, é só colocar na balança o que faz mais sentido e tomar a decisão.
- Gera valores mais conscientes e acordos adicionais
Com a visão 360°, pode-se estabelecer um novo valor mais condizente com a realidade.
- Viabiliza a chance de desistir enquanto é tempo
É possível, através do due diligence, cancelar e voltar atrás em uma negociação antes mesmo que ela se concretize e prejudique seu negócio, caso verifique que a situação tem mais malefícios do que vantagens.
O que pode ser analisado no due diligence?
Você pode utilizar o due diligence para mapear um CNPJ de ponta a ponta, porém há aspectos-chaves que devem ser priorizados e analisados com mais recorrência, já que permeiam muitas decisões:
Contábil
São validados demonstrativos contábeis, índices de lucratividade, patrimônio e até mesmo se a instituição possui algum tipo de endividamento e, se sim, qual seu valor.
Trabalhista
Aqui são checados os riscos trabalhistas e como a empresa se comporta perante seus colaboradores. Então, avalia se o negócio atua de maneira responsável e de acordo com a CLT e se paga todos os encargos determinados.
Fiscal
Essa parte do due diligence tem como intuito validar os riscos fiscais, como, por exemplo, se a coleta e o pagamento de tributos são realizados de maneira correta, para não gerar prejuízos financeiros com o Fisco.
Jurídica
A diligência prévia jurídica vai verificar todas as pendências legislativas que a instituição possui, como os contratos com seus fornecedores e demais aspectos do segmento que podem interferir nos negócios ou valor da empresa negociada.
Além das áreas abordadas acima, alguns outros fatores também podem e devem ser analisados, como questões ambientais, base de clientes cadastrados e até mesmo potencial de vendas.
Como realizar o due diligence?
Veja abaixo o passo a passo para o due diligence ser praticado com êxito:
- Formação da equipe
Antes de tudo, é necessário estabelecer quais serão os profissionais que analisarão todos os documentos e informações enviados a sua empresa.
Como envolve vários segmentos, é essencial que haja especialistas de todas as áreas, ou seja, advogados, contadores, analistas financeiros e, inclusive, administradores.
- Estudo do negócio
Nesse momento, os profissionais estabelecidos farão um estudo amplo da empresa, como: quais são suas atividades, como funciona, características, valores e missão. É uma introdução necessária para solicitarem as informações de que precisam.
Lembrando que o estudo vai se afunilar de acordo com o objetivo do negócio. Logo, se for uma transação de fusão ou de compra, os pontos estudados podem ser divergentes.
- Solicitação das documentações
Depois de entender as principais questões da empresa, é hora de cada especialista identificar e solicitar as documentações necessárias para serem analisadas, como: registros contábeis, comprovantes de pagamentos de tributos, demonstrações financeiras, contratos, comprovantes de patrimônio etc.
É importante ressaltar que, junto com esses registros, é provável que venham contratos de confidencialidade, pois trata-se de informações sigilosas.
Como geralmente são muitos documentos, até que eles sejam enviados, pode levar um tempo amplo. Por isso, é bacana combinar um prazo com a equipe da instituição negociada, tornando a situação confortável para ambas as partes.
- Análise das documentações
Agora é com o seu negócio e sua equipe. Os profissionais designados irão fazer toda a análise, o estudo e a discussão para chegarem a alguns pontos fundamentais para os negociadores.
- Apresentação dos resultados
Geralmente, a apresentação é realizada através de um documento que a equipe formulará com as análises obtidas de acordo com cada área.
É uma espécie de resumo de tudo o que foi visto, em que são assinalados os pontos importantes, que variam de acordo com cada negociação.
Além disso, é relevante agendar uma reunião interna incluindo os gestores para serem discutidas questões pontuais e que favoreçam a decisão.
- Tomada de decisão
Finalmente, após os resultados serem apresentados e debatidos, é hora de quem está à frente da transação tomar uma decisão e apresentar à empresa parceira.
Como agilizar o processo de due diligence?
Solicitar diversos documentos e analisar cada um manualmente é um processo que exige bastante tempo e concentração da equipe, é passível de retrabalhos, atraso nos prazos e custos operacionais.
É exatamente por isso que companhias de diversos portes e segmentos têm apostado em realizar as análises de crédito, jurídica e trabalhista através do dossiê reputacional, garantindo mais precisão e assertividade.
Em formato de relatório, esse tipo de documento proporciona uma visão estratégica, segura e confiável sobre o histórico do seu potencial aliado, avaliando chances de ameaças à integridade da sua empresa. Além de garantir compliance durante possíveis auditorias futuras.
A tecnologia, como em tudo na nossa vida, veio para auxiliar a automação de muitos processos e providenciar, quase que imediatamente, um resultado que demoraria meses para sair.
Tendo todo esse cenário como pano de fundo e, para garantir assertividade no processo, ferramentas como o Dossiê Reputacional da Midas Solutionsconsultam o CNPJ e extraem informações inteligentes relacionadas à reputação daquela empresa, como:
- Verificação de processos judiciais;
- Análises de cumprimento de obrigações trabalhistas e financeiras;
- Listas restritivas que evidenciam ligação com trabalho escravo, corrupção e fraudes;
- Irregularidades socioambientais.
Assim, você preserva o compliance e evita que sua companhia seja associada por tabela a um negócio com valores divergentes dos da sua companhia.
Conte com as tecnologias adequadas para realizar negócios importantes de forma segura, ágil, a fim de não prejudicar toda a imagem que você e sua equipe trabalharam tanto para construir!
Conheça as soluções da Midas Solutions e leve inteligência e simplicidade para a rotina da sua instituição. Converse com um de nossos especialistas e tire todas as suas dúvidas.
Te encontro em breve! 🤓